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7 Perfis de Mãe: pluralidade, desafios e empoderamento

A maternidade é muitas vezes retratada de forma única: a mãe ideal, sempre disponível, que dá conta de tudo com um sorriso no rosto. Mas, na vida real, ser mãe é plural. Existem infinitos jeitos de maternar, cada um marcado por histórias, escolhas, contextos sociais, desafios e conquistas que tornam cada trajetória única


Essa diversidade precisa ser visibilizada e respeitada. Afinal, quando falamos de maternidade, falamos também de empoderamento feminino, inclusão, autonomia, luta contra preconceitos e construção de novas narrativas.


Imagem gerada por IA
Imagem gerada por IA

Pensando nisso, nasce a série “Perfis de Mãe”, um espaço para refletir e dar voz a diferentes vivências maternas. Ao longo desta série, vamos mergulhar em sete perfis que representam apenas uma parte da pluralidade da maternidade, mas que já nos ajudam a compreender como essa experiência é rica, diversa e transformadora.


1. Mãe Solo


Ser mãe solo, sem parceria ou com apoio limitado, significa conciliar sozinha responsabilidades como finanças, sustento, cuidado infantil, educação, casa e trabalho. Esse perfil enfrenta preconceitos e julgamentos frequentes tipo “como ela dá conta?”, “e o pai?” que reforçam estigmas sociais.


Ao mesmo tempo, a mãe solo representa autonomia, empoderamento no cuidado e a construção de redes alternativas de apoio. Ela revela uma força única, mostrando que a maternidade pode ser reinventada todos os dias.


2. Mãe Empreendedora


Para muitas mulheres, a maternidade desperta o desejo ou a necessidade de empreender. Seja para equilibrar trabalho e cuidado com os filhos, conquistar mais autonomia, gerar renda própria ou seguir um propósito que dialogue com a vida materna, o empreendedorismo surge como alternativa.


Ser mãe empreendedora é um exercício constante de equilíbrio entre a gestão do negócio, a criação dos filhos e o autocuidado (nem sempre fácil, mas fundamental de se buscar). Essas mulheres reinventam carreiras, criam oportunidades e provam que é possível transformar desafios em caminhos de crescimento, mesmo sob a pressão de conciliar tantos papéis ao mesmo tempo.


3. Mãe de Atípicos


As mães de crianças atípicas (com deficiências, neurodivergências ou condições crônicas) enfrentam jornadas intensas e acumulam responsabilidades extras como terapias, adaptação escolar, acompanhamento médico especializado, adaptações no dia a dia e o constante desafio de lidar com sistemas pouco inclusivos e com o capacitismo.


A mãe de atípico também convive com a invisibilidade, a falta de empatia, a descrença e a burocracia. Ainda assim, constrói narrativas potentes de inclusão, amor e resiliência, tornando-se exemplo de força e transformação não apenas para os filhos, mas para toda a sociedade.


4. Mãe por Adoção


Ser mãe por adoção é viver uma maternidade que desafia estigmas e mostra que o amor não depende de biologia, porque isso não define o que é maternar. A mãe adotiva percorre uma jornada cheia de expectativas externas, muitas vezes tendo que explicar “como foi a adoção”, legitimar o vínculo afetivo e cumprir rituais de pertencimento, tanto para a criança quanto para si mesma.


Esse caminho envolve desafios emocionais, burocráticos, legais e sociais: desde a construção de identidade e vínculos até o acolhimento do passado da criança com respeito e gentileza.

Esse perfil nos lembra que maternar é, acima de tudo, escolher amar, cuidar, proteger e construir vínculos tão legítimos e profundos quanto qualquer outro.


5. Mãe Empoderada


Esse perfil engloba mães que compreendem que maternidade e empoderamento feminino não são opostos. A mãe empoderada questiona padrões, desafia estereótipos e entende que maternar não significa anular a si mesma.


Ela luta por direitos — como licença maternidade justa, acesso à saúde mental, igualdade de gênero em casa e espaço digno no trabalho, e reconhece a maternidade também como um espaço político. Mostra, assim, que ser mãe e ser mulher são papéis que podem coexistir de forma plena.


O empoderamento materno também passa pela autoaceitação do corpo pós-gravidez, das próprias limitações e das escolhas que muitas vezes fogem dos padrões sociais.


6. Mãe que Enfrenta o Etarismo


Muitas mães se sentem excluídas, julgadas ou invisibilizadas por causa da idade — seja por serem consideradas “muito jovens” ou por viverem a chamada “gravidez tardia”. O etarismo, preconceito baseado na idade, traz mensagens negativas como “é cedo demais” ou “já passou da hora” e insiste em impor uma suposta “idade certa” para maternar.


Mas a verdade é que amor, cuidado e responsabilidade não têm prazo de validade — e não existe manual que determine a idade ideal para ser mãe.


7. Mãe Autocuidada


Esse perfil nos lembra de algo essencial: mães também precisam de cuidado. Romper com a lógica de “cuidar de todos menos de si” é um ato de coragem e de revolução. A mãe autocuidada entende que, para oferecer o melhor aos filhos, é preciso também cuidar do corpo, da saúde mental, do sono, dos interesses pessoais, das amizades e da sua identidade além da maternidade.


Ela busca equilíbrio, ainda que muitas vezes enfrente a culpa imposta pela sociedade ao se colocar em primeiro lugar. Mas sabe que autocuidado não é egoísmo, é necessidade. Reconhece que, ao nutrir a si mesma, consegue maternar de forma mais saudável, plena e sustentável.


Agora queremos ouvir você


Cada mãe carrega uma história única — de força, amor, desafios e conquistas. E é essa pluralidade que torna a maternidade tão rica e transformadora.


Se você é mãe e se identificou com algum desses perfis, ou se acredita que sua experiência mostra um outro jeito de maternar que também merece ser contado, compartilhe sua história com a gente.


Sua voz pode inspirar, acolher e fortalecer outras mulheres. Vamos juntas construir um espaço de escuta, apoio e reconhecimento para todas as formas de maternar. Sua história pode ser a próxima neste Blog!


Envie sua história para: maeemcena@gmail.com







 
 
 

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